quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Robô funciona com 'cérebro' feito de neurônios de verdade no Reino Unido

Colocadas em meio de cultura, células transmitem instruções via sistema Bluetooth.
Intenção dos pesquisadores da Universidade de Reading é estudar memória humana.

Pesquisadores da Universidade de Reading, no Reino Unido, criaram uma forma fascinante e inusitada de ciborgue: um conjunto de neurônios (células nervosas) que controla um robozinho em laboratório. A colônia neuronal, cultivada numa placa de vidro, está colocada sobre um conjunto de multieletrodos (MEA, na sigla inglesa), que captura os sinais elétricos que chegam dessas células. Sempre que o robô se aproxima de um objeto, manda sinais de volta para os neurônios. Dessa maneira, os cientistas britânicos esperam que a rede neurológica "aprenda" a se desviar de objetos e "memorize" caminhos. A idéia é usar o sistema para estudar o funcionamento do cérebro.

Fonte:

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL722749-5603,00.html

domingo, 25 de maio de 2008

Lei portuguesa sobre terapias não convencionais considerada exemplar

União Europeia dos Naturopatas adoptou recentemente o texto da Lei 45/2003, relativa ao enquadramento base das Terapêuticas Não Convencionais, considerando que este diploma é exemplar e deve servir de base à regulamentação noutros países da União Europeia.

Esta informação foi revelada durante uma audição pública sobre a regulamentação da lei, por Manuel Branco, presidente da Associação Portuguesa de Naturopatia.
A audição, organizada pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, contou com a presença de cerca de 150 pessoas, entre profissionais, representantes de associações, estudantes e utentes, que, ao longo de três horas, debateram o futuro das Terapêuticas Não Convencionais.
O processo de regulamentação da Lei encontra-se em fase de discussão pública até meados de Junho, altura em que irá ser produzido um documento final que permitirá aplicar um diploma que foi aprovado em 2003, na sequência de uma proposta do Bloco de Esquerda. A regulamentação afigura-se como essencial para a garantir a qualidade do serviço prestado e a certificação da formação dos técnicos, conferindo-lhes um estatuto profissional reconhecido e garantindo maior segurança aos utentes que fazem uso destas terapias.
Durante o debate, as intervenções situaram-se em torno de dois eixos temáticos: o processo de regulamentação em curso e os conteúdos do documento em discussão.
Sobre o processo em curso, muitas foram as críticas endereçadas à Direcção Geral de Saúde e à Comissão Técnica que o está a levara a cabo, apontando a pouca representatividade deste organismo e a falta de democracia na sua eleição. A discussão parcial do projecto de regulamentação foi também apontada como um sinal de pouca transparência do processo, uma vez que os profissionais querem ter poder de se pronunciar sobre todo o documento.
Tais acusações foram rebatidas pelos membros da Comissão que se encontravam presentes, relembrando a sua nomeação pela DGS e a sua aceitação por um conjunto de representantes de algumas associações do sector, enfatizando também a possibilidade de uma ampla participação na discussão pública e o alargamento desta por mais 60 dias.
Quanto ao conteúdo do projecto de regulamentação, foram vários os assuntos abordados.
Uma das lacunas apontadas por Pedro Choy é o facto de, após a regulamentação, e durante dez anos, o processo de acreditação dos acupunctores ficar à responsabilidade de um dos membros da comissão que está a produzir a regulamentação, sem que haja qualquer eleição prevista.

Entre os alunos presentes, a maior preocupação foi a omissão, no documento, de soluções para o reconhecimento e acreditação das escolas em funcionamento e dos cursos que estão a decorrer, deixando os alunos em situação de indefinição quanto ao seu futuro.
Por outro lado, a não inclusão de algumas terapêuticas na lei, como a medicina tradicional chinesa ou a acupunctura Japonesa, foi apontada como uma lacuna grave.
No encerramento do debate, o Deputado João Semedo referiu a importância da iniciativa para o reforço das Terapêuticas Não Convencionais, sublinhando a importância de um debate público alargado e transparente, para que estas não fiquem sob suspeição. Referiu ainda a disponibilidade política do Bloco de Esquerda para continuar a contribuir para que esta matéria esteja no topo da actualidade política, de modo a que as preocupações de qualidade e acesso expressas pelos utentes tenham uma resposta sólida e garantida pela lei.

sábado, 10 de maio de 2008

HIV infecta seis portugueses por dia

Sexo sem protecção e uso de seringas contaminadas justificam os dados apresentados pela Onusida.

No ano passado foram infectados por HIV seis portugueses por dia. Segundo o relatório anual da Onusida, contabilizaram-se 2162 novos casos em 2006, o que coloca o País em quarto lugar entre os países da Europa Ocidental. De acordo com o documento, as relações sexuais desprotegidas são a principal causa de infecção. O uso de seringas contaminadas entre os toxicodependentes continua a ter um grande peso nas estatísticas, tanto em Portugal como em Espanha.
Mas nem tudo são más notícias. O consumo de drogas injectáveis tem vindo a decrescer em Portugal. Segundo o relatório da Onusida, o número de casos reportados de HIV caiu 31% em quatro anos. No entanto, a infecção relacionada com o consumo de drogas injectáveis é uma preocupação manifestada pelo relatório das Nações Unidas.
De acordo com estimativas da ONU avançadas no final de 2007, a sida terá sido responsável pela morte de 2,1 milhões de pessoas em todo o mundo durante o ano passado. O mesmo organismo estima ainda que terão sido infectadas 2,5milhões de pessoas, o que corresponde a 6800 casos por dia. Só a África subsariana concentrou dois terços dos novos caos (68%). E foi precisamente nesta região africana que se registaram 76% das mortes relacionadas com a sida.
O relatório destaca ainda os dados relativos às crianças a viver com a infecção e 420 mil infectadas durante a ano de 2007.
As mulheres são actualmente um terço das pessoas a viver com infecção (15,4 milhões). O número de mortes apresentou um decréscimo ao contrário do total de pessoas a viver com a infecção, devido a um maior acesso aos tratamentos.


Fonte:
Diário de notícias

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Obesidade: TV aumenta risco nas crianças

As crianças que dormem menos de 12 horas e que vêem muita televisão têm maior tendência para ter peso excessivo antes da idade escolar, segundo um estudo realizado por cientistas da Escola de Medicina de Harvard (EUA), cita a Lusa.

A conclusão do estudo, publicado esta terça-feira pela revista «Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine» baseia-se em informações das mães sobre os hábitos dos seus filhos assim como em medições directas do seu peso e estatura.
Os cientistas assinalam que esta é uma nova prova de que existe uma relação entre o sono e a obesidade, a qual pode afectar crianças de tenra idade.
Acrescentam que o efeito do pouco tempo de sono é reforçado pela televisão e que o estudo permite determinar que as crianças que dormem menos e vêem muita televisão têm maiores probabilidades de ser obesos.
Horários são muito importantes
«Os dois comportamentos, independentes ou em combinação, envolvem risco», explicou Elsie Taveras, autora principal do estudo.
Os cientistas estudaram 915 crianças, das quais 586 dormiam uma média de 12 horas ou mais por dia e 329 dormiam menos de 12 horas.
Entre as que dormiam mais de 12 horas a incidência de obesidade era de sete por cento aos três anos de idade, mas entre as que dormiam menos era de 12 por cento. Quando considerada a permanência em frente à televisão durante duas ou mais horas diárias, a percentagem de obesos subiu para 17 por cento.
Elsie Taveras indicou que é possível que a explicação esteja no efeito que tem o sono ao nível hormonal.
Ver muita televisão aumenta o risco de obesidade porque reduz o tempo de exercícios e a consequente eliminação de calorias, além de que a televisão promove a alimentação a horas irregulares, assim como a ingestão de comida rápida, segundo os cientistas.
«A principal mensagem do estudo é que deve haver regularidade no sono das crianças. É muito importante estabelecer um horário», disse Michelle Cão, da Clínica para os Transtornos do Sono da Universidade de Stanford numa nota editorial do estudo.
Já Pat Prinz, cientista da Universidade de Washington, manifestou que as crianças devem passar mais tempo a correr e saltar, uma vez que quanto mais activos forem durante o dia melhor dormirão durante a noite.


Fonte:

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Depressão provoca dores e afecta mais mulheres do que homens

A depressão atinge duas vezes mais as mulheres do que os homens. Os sintomas são físicos, emocionais, cognitivos e ao nível do comportamento, em cerca de 69% dos casos há sintomas físicos, inclusive com dores associadas, e pode ocorrer em simultâneo com outras doenças como a bipolar, em que o paciente varia entre picos de euforia seguidos de períodos de profundo desânimo e desinteresse pela vida.


"A depressão afecta ao longo da vida cerca de 10% a 25% das mulheres, cerca de metade da percentagem que atinge os homens", acentuou Pedro Afonso, psiquiatra do Hospital Júlio de Matos, ontem, numa conferência aberta aos jornalistas, em Lisboa.


Trata-se de uma doença ainda sub-diagnosticada, porque é confundida com mera tristeza, não sendo, por vezes, tratada do modo mais adequado. A multiplicidade dos sintomas dificulta acertar no diagnóstico.


Um dos sintomas mais comuns é a insónia que atinge de 5% a 10% dos portugueses, "o que faz supor que haja em Portugal 500 mil a um milhão de pessoas com esta alteração do sono", assinalou Pedro Afonso, antes de referir que "a insónia aumenta bastante com a idade" e com o stress.

Bipolares mais complexos


Além da propensão genética, a depressão pode ter origem biológica - resultando de outra doença ou da toma de certos fármacos - ou psicossocial. Como a perda real ou imaginária de alguém ou de algo (morte, divórcio, emprego).


"O objectivo do tratamento é a remissão da doença e evitar recorrências", concluiu o médico, sendo corroborado pela vice-presidente da Associação Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. Um deprimido "está na lista de espera para ser bipolar", disse Luísa Figueira, sendo casos "que podem levar dez a 11 anos a ser diagnosticados".


A hipomania é o sintoma mais evidente. Revela-se em compras ou velocidades rodoviárias excessivas e em actos de risco, até a nível sexual e na oscilação brusca de humor, sem motivo.


A sensação de euforia causa dependência e leva à procura do álcool ou drogas, como o haxixe e a cocaína, para a sentir de novo. Na depressão bipolar, pode não haver desalento e inércia, mas hiperactividade e as moderadas são mais difíceis de detectar e não são os anti depressivos que a originam.


Sintomas indicativos de depressão moderada

Além do mau humor, de baixa auto-estima e falta de atenção e concentração, a depressão pode manifestar-se em alterações do sono, perda de interesse pelos prazeres, do sexo, da leitura e do lazer em geral.


Dores inexplicáveis e pensamentos mórbidos

A depressão pode traduzir-se na redução do apetite e do peso, em ideias pessimistas quanto ao futuro e de culpa ou inutilidade pessoal. Pode, nos casos mais graves, provocar dores físicas inexplicáveis (de cabeça, costas, pescoço, estômago, intestinos) e originar pensamentos de auto-agressão ou até de suicídio.


Da melancolia profunda aos acessos de euforia


Na escala das perturbações do comportamento, se não for tratada, a depressão moderada dá lugar à depressão grave. Quando há sinais de euforia, o doente entra em hipomania (ler texto) que se se agravar, leva às manias de cariz obsessivo.


Em 2020, será segunda maior causa de doença


A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2020, a depressão unipolar profunda será a segunda maior causa de doença em todo o Mundo, depois dos problemas cardiovasculares.





Fonte:



Diario de Notícias (DN-Sabado 14, Abril)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

África regista mais de um milhão de novos casos de infecção por Sida

OMS estima que no ano passado tenham morrido 1,6 milhão de pessoas vítimas da doença

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1,7 milhões de novas infecções por HIV/Sida e 1,6 milhões de mortes ocorreram em adultos e crianças na África subsahariana em 2007.
O facto foi revelado pelo director regional da OMS para África, o angolano Luís Gomes Sambo, quando dissertava sobre o tema " Intensificar Intervenções para a Prevenção e Controlo de Infecções de Transmissão Sexual e VIH/SIDA", no segundo Congresso da CPLP sobre VIH/SIDA/DST, que decorre no Rio de Janeiro, Brasil.
Acrescentou que o VIH/SIDA constitui uma séria ameaça à segurança e ao desenvolvimento socio-económico do continente e que o modo de transmissão predominante da doença no continente é a via das relações heterossexuais.
Segundo ele, cerca de 61 porcento das pessoas vivendo com o VIH são mulheres. Entre as causas principais determinantes da epidemia estão as elevadas taxas de pobreza, de analfabetismo, conflitos armados, o alto nível de estigmação, assim como a dependência económica das mulheres relativamente aos maridos.
Contudo, dados recentes da OMS e da ONUSIDA apontam para uma estabilização da prevalência mundial do VIH e para o declínio do número de novos casos em alguns países africanos da África subsahariana, o que se deve em parte ao impacto dos programas de luta contra a doença.
No entanto, frisou, torna-se necessária uma intensificação continuada destes esforços, numa maior abrangência possível, em particular nas zonas mais remotas ou negligenciadas.
Gomes Sambo considera importante extrair lições sobre os principais factores que têm contribuído para inverter as tendências da epidemia. Entre os factores de sucesso destacam-se o compromisso ao mais alto nível político dos países, a participação comunitária e a descentralização dos serviços até níveis mais periféricos.
Por fim, sublinhou que o escritório regional da OMS continuará a envidar todos os esforços no sentido de reforçar os laços já existentes com os países africanos da CPLP, com o apoio do Brasil e de Portugal, para que, por meio da assistência técnica, se possa providenciar um apoio coordenador e estrategicamente orientado para as prioridades dos países, por forma a intensificarem as intervenções para a prevenção e controlo do VIH/SIDA e outras DST.



Fonte:


http://www.jornaldeangola.com/artigo.php?ID=82099&Seccao=geral

quinta-feira, 17 de abril de 2008

França aprova lei contra incitação à anorexia

Projecto-lei prevê a punição de possíveis estímulos à doença, incluindo na Internet. Os deputados franceses aprovaram hoje um projecto-lei que prevê a punição, pela primeira vez, com uma pena de prisão de até dois anos, de possíveis estímulos à anorexia, uma doença que atinge cerca de 40 mil franceses, sobretudo adolescentes.

O diploma, que só será aprovado definitivamente após a votação no Senado (a Câmara Alta do Parlamento), prevê a punição, também inédita, de determinados sites da Internet conotados como "pró-anorexia", um movimento que nasceu nos Estados Unidos da América no início de 2000 e que tem conquistado seguidores ao longo dos últimos anos.

Os seguidores deste movimento, na sua maioria jovens mulheres, defendem que a anorexia não é uma doença mas sim um modo de vida, partilhando as suas experiências na Internet através de fóruns e criação de blogs.

Medidas de punição

O texto hoje aprovado pelo Parlamento francês prevê uma pena máxima de dois anos de prisão e uma multa de 30 mil euros para acções de incitamento à anorexia, e uma pena de até três anos de prisão e uma multa de 45 mil euros para casos em que se constatar que o "estímulo levou à morte de uma pessoa".

A oposição (de esquerda), que se absteve, criticou o projecto-lei, justificando que este promove a repressão.

A aprovação destas medidas punitivas acontece uma semana depois da assinatura da "Carta de compromisso voluntário sobre a imagem do corpo e contra a anorexia", um código de boa conduta que foi assinado por representantes do mundo da moda, da publicidade e da comunicação social e pelo Ministério da Saúde francês.
Medidas de compromisso

A "Carta" não contém medidas vinculativas, limitando-se a promessas "partilhadas e concertadas" pelos signatários.

Os signatários da "Carta" francesa comprometem-se a não aceitar "imagens de pessoas, especialmente quando se trata de jovens", que podem contribuir para "promover um modelo de magreza extrema".

"Comprometemo-nos a promover no conjunto das nossas actividades uma diversidade na representação do corpo, evitando toda a forma de estereótipo que possa favorecer a constituição de um arquétipo estético potencialmente perigoso para as populações frágeis", afirma o mesmo texto.

Espanha fixa critérios clínicos

Na batalha contra a anorexia, Espanha tem sido um país pioneiro ao fixar critérios clínicos e um Índice de Massa Corporal (IMC), cujo incumprimento implica a exclusão de modelos excessivamente magras.

Madrid também estabeleceu acordos com as principais marcas de pronto-a-vestir para não marginalizarem os tamanhos grandes.

Fonte:

http://sic.sapo.pt//0nline/noticias/vida/150408_Parlamentoaprovaleicontraincitacaoaanorexia.htm

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Nanotecnologia: Uma ciência revolucionária...

A nanotecnologia está em alta. Quase diariamente chegam ao mercado novos produtos com os minúsculos cristais. Não se sabe ainda, no entanto, se estes são nocivos ao homem.



Ela é considerada a tecnologia-chave do século 21, abrindo assim a porta de entrada para o futuro: a nanotecnologia. A ela pertence tudo aquilo que é menor que um décimo de micrómetro (milionésima parte do metro). Esta tecnologia das pequenas coisas promete novos produtos e soluções de problemas em incontáveis campos, seja, por exemplo, na tecnologia de informação, medicina, engenharia ambiental ou na óptica.

Na Alemanha, alguns dos centros da área de nanotecnologia se encontram em Dresden, capital do estado da Saxónia. Lá aconteceu, há pouco, a Nanofair, evento que alia pesquisadores e suas ideias com representantes do mercado.


Diariamente novos produtos


A nanotecnologia tem grande potencial de mercado. Já hoje, ela é fundamento para o desenvolvimento de discos rígidos de alta capacidade, pintura auto motiva colorida fluorescente ou lentes de óculos que não arranham devido à camada de proteção. Quase diariamente chega um novo produto ao mercado. No simpósio Nanofair foram apresentados recentes resultados de pesquisas que estão no limiar de sua aplicação prática.

Jörg Opitz, pesquisador do Instituto Fraunhofer de Ensaios Não Destrutivos, se ocupa, por exemplo, de nanodiamantes, ou seja, minúsculos cristais de carbono. "Nanodiamantes são um material muito interessante. Esperamos poder inseri-los como sensores biológicos em células, com vistas também, mais tarde, ao diagnóstico do câncer", afirma o cientista.


Na pista das células cancerígenas


Um diagnóstico exacto pode significar uma ajuda salvadora para muitos pacientes com câncer. E isto porque os pequenos diamantes são fluorescentes. Eles emitem luz ao serem devidamente iluminados.

Como os nanodiamantes são muito menores que as células humanas, eles podem ser implantados propositadamente em células cancerígenas. Sua iluminação denunciaria então a localização exacta e o tamanho de um tumor.

Os pequenos cristais são capazes de ainda mais. "Nós os implantamos, no momento, em aviões para verificar se existe corrosão e, ao mesmo tempo, medir o grau de desenvolvimento do processo corrosivo", comenta Jörg Opitz. Neste projecto, o instituto Fraunhofer trabalha em conjunto com o fabricante europeu de aviões Airbus.


Riscos não esclarecidos


A nanotecnologia tem grande potencial. Mas como fica a segurança para o homem e o meio ambiente? Discute-se muito se o avanço nas minúsculas dimensões traz consigo riscos para a saúde, explica Andreas Leson, do Instituto Fraunhofer IWS em Dresden.

"Existe, por iniciativa do governo federal alemão, o assim chamado Nanodiálogo, que engloba cientistas, firmas e também federações de protecção ambiental", acresce o pesquisador do Instituto Fraunhofer de Dresden.

O Ministério Alemão da Pesquisa apoia com milhões de euros a pesquisa sobre a segurança. Também em nível europeu, existem projectos semelhantes, eles se chamam NanoDerm, NanoTox ou Impart. O debate sobre o risco está num estágio ainda muito prematuro, mas já se identificam pontos de perigo.

"Nanocamadas são completamente desinteressantes sob o ponto de vista do perigo, como também as técnicas de medição no nível nano ou a electrónica. As nano partículas são as que devem ser observadas", explica Andreas Lason.


Perigoso como amianto


A razão é o facto de as nano partículas serem tão pequenas que podem, certamente, ultrapassar a barreira sangue-cérebro (membrana que protege o cérebro de substâncias perigosas da corrente sanguínea) e se alojar no cérebro – com consequências imprevisíveis. Este foi o resultado de pesquisas com animais.

Além disso, as pequeníssimas partículas podem provocar danos aos pulmões – de forma semelhante às fibras de amianto. Os pesquisadores procuram agora métodos de ensaio que possuam avaliar, rapidamente, quais nano partículas podem ser perigosas. Faltam ainda dados confiáveis.



Fonte:

http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3234283,00.html


terça-feira, 4 de março de 2008

Novos casos de infecção estão a diminuir

Nos últimos seis anos os novos casos desceram mais de 40%
Estão a diminuir os novos casos de infecção pelo vírus da SIDA em Portugal. O número de novos casos registados em Dezembro de 2007 desceu em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística.
Aliás, nos últimos seis anos os novos casos desceram mais de 40%. Em 2007, foram registadas 965 novas infecções. Os últimos números do Instituto Ricardo Jorge apontam para cerca de 35 mil pessoas infectadas com HIV em Portugal.
Os toxicodependentes continuam a ser o grupo mais afectado, seguido pelos heterossexuais. Mas, apesar da diminuição de novos casos, há a registar um aumento do número de mulheres infectadas, bem como o número de famílias apoiadas pela Liga Portuguesa da luta contra a SIDA.

Obesidade infantil deve-se mais aos genes do que ao estilo de vida

Estudo britânico comparou cinco mil pares de gémeos

Um estudo realizado na University College of London sugere que a obesidade infantil se deve mais à carga genética do que ao estilo de vida. A análise, publicada na revista especializada "American Journal of Clinical Nutrition", comparou cinco mil pares de gémeos idênticos e não idênticos e descobriu que 77 por cento das diferenças entre os seus índices de massa corporal e perímetro abdominal eram determinadas pelos genes.
Os investigadores referem que o estudo de gémeos é uma boa forma de testar como a carga genética interfere no desenvolvimento e saúde das pessoas. Segundo a BBC, os gémeos idênticos têm exactamente os mesmos genes, mas os não idênticos partilham metade da carga genética. Além disso, como nascem ao mesmo tempo e crescem no mesmo ambiente, os gémeos tenderão a ter os mesmos hábitos alimentares.
Este estudo concluiu que o efeito do meio ondew cresciam tinha menos peso do que a carga genética herdada. «Contrariamente ao que se acredita, de que o ambiente familiar é o principal factor a determinar o excesso de peso, este estudo demonstra que não é bem assim», disse Jane Wardle, líder da pesquisa, à Reuters.
«Estes resultados não significam que as crianças com uma genética propensa à obesidade venham a ser obesas, mas a a sua herança genética dá-lhes uma grande probabilidade». A obesidade afecta 400 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Fonte:
Sónia Santos Dias
08 de Fevereiro de 2008

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Em mais de 250 mil casos analisados- Excesso de peso associado a 13 tumores

Diabetes, hipertensão, colesterol, problemas na pele. A lista prossegue, repleta de doenças, diferentes entre si, mas tendo em comum a obesidade. De acordo com uma investigação realizada por cientistas britânicos e suíços, ao rol de enfermidades associadas ao excesso peso pode juntar-se, sem grandes dúvidas, o cancro.


Garantem os especialistas da Universidade de Manchester, do Hospital Christie e da Universidade de Berna que o risco de desenvolver um tumor maligno em quem sofre de obesidade é maior não só no caso dos cancros mais comuns – como o da mama, cólon ou rins – mas também naqueles com menor incidência, estando associado a 13 tumores.Ao analisar mais de 250 mil casos de cancro e 141 estudos de diferentes origens, os especialistas concluíram que o risco de cancro associado a um aumento do índice de massa corporal (relação entre peso e altura) de cinco valores (o que corresponde a mais 15 quilos) é 24 por cento superior nos homens quando se trata do cancro do cólon e renal, percentagem que sobe no caso do adenocarcinoma do esófago (52 por cento) e do cancro da tiróide (33 por cento).Nas mulheres, 13 quilos a mais do que o normal equivalem a um risco elevado, por exemplo, de cancro do endométrio e da vesícula (59 por cento) ou dos rins (34 por cento).O trabalho, publicado na revista ‘The Lancet’, é mais uma prova de que a obesidade está associada ao risco de cancro. Porém, fica por esclarecer, segundo os investigadores, se a redução de peso pode servir de protecção contra os tumores malignos.Este foi o tema de um estudo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e do Instituto Português de Oncologia do Porto. Rui Medeiros, um dos autores, verificou que o risco de cancro da próstata é maior entre homens com excesso de peso. Isto porque, explica ao CM, “a obesidade, pelo desequilíbrio que provoca no organismo, causa a activação de mecanismos que aumentam o risco de cancro”.

Domingo, 24 Fevereiro 2008

Fonte:
http://www.correiodamanha.pt/pesquisa.asp?q=obesidade&procurar=Pesquisar&search=0&dia1=10&mes1=2&ano1=2008&dia2=25&mes2=2&ano2=2008&dia=1&mes=2&ano=2008

Doenças raras atingem 8% dos portugueses

Em Portugal estima-se que existam cerca de 800 mil pessoas que sofrem de alguma doença rara, tendo sido já identificadas sete mil patologias deste género em todo o mundo.
A IV Conferência Europeia sobre Doenças Raras que decorre esta terça-feira de Lisboa, servirá de palco para a apresentação de um plano de acção nacional para travar e perceber um pouco mais sobre estas doenças.
Ainda assim, os especialistas deverão divulgar algumas das recomendações da Comissão Europeia, no sentido em que, actualmente, ainda não existe um estudo que prove a incidência desta doença.
De acordo com o Jornal de Notícias, o referido Plano de Acção já foi aprovado pela Direcção-Geral da Saúde e aguarda agora o aval do ministro da Saúde, Correia de Campos.
A medida defende a existência de uma cooperação entre as estruturas europeias que tenha em vista a investigação de doenças raras com a criação de «centros de referência», que podem ou não estar instaladas em unidades hospitalares.
Fonte:

Acupuntura aumenta eficácia de tratamentos de FIV

Estudo apresentado no National Center for Complementary and Alternative Medicine

A acupuntura pode aumentar até 65% as probabilidades de sucesso dos tratamentos de Fertilização In Vitro (FIV), aponta um estudo publicado no sítio do National Center for Complementary and Alternative Medicine.
As conclusões da análise, realizada por especialistas da University of Maryland, nos EUA, e da VU University, na Holanda, foram baseadas em sete outros estudos que analisaram 1.366 mulheres desde 2002.
Durante o tempo em que os levantamentos foram realizados, todas as mulheres tentaram uma gravidez através da FIV – técnica pela qual o óvulo é fertilizado em laboratório e em seguida implantado no útero.
Algumas delas foram submetidas a tratamentos de acupuntura, outras estavam a receber uma espécie de acupuntura falsa (em que as agulhas são aplicadas em lugares que não surtem efeito) e outras não foram submetidas a nenhum método.
Ao analisar o índice de gravidez resultante da FIV, os investigadores observaram que as mulheres que foram tratadas com a acupuntura tiveram mais 65% de probabilidades de engravidar.
Os especialistas afirmam, no entanto, não estar claro como a acupuntura age, mas acreditam que o stress gerado pelo tratamento para engravidar "pode ser amenizado pelo relaxamento proporcionado pela acupuntura".

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Fonte:

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Testada nova vacina em 'spray' para o HIV

Estudo pré-clínico revela que aerossol desperta defesas
É mais um avanço no desenvolvimento de uma vacina contra a sida. Um estudo pré-clínico, da respon- sabilidade de uma equipa inter- nacional, que conta com a participação do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), com sede em Madrid, mostra que um aerossol, baseado na vacina que erradicou a varíola, é seguro e desperta as defesas dos macacos nos ensaios clínicos realizados. Os resultados em humanos são também positivos, tendo sido realizado um ensaio clínico de fase I com 40 voluntários sãos.

Neste trabalho participaram 20 cientistas oriundos de 12 centros de investigação de seis países europeus, que conseguiram, pela primeira vez, demonstrar que esta vacina inalada é segura e gera uma resposta imune, forte e prolongada no tempo. O modelo proposto é baseado em vectores do vírus inoculado modificados geneticamente. A administração por via respiratória, com aerossóis (nebulizadores) facilitaria o seu uso em programas de vacinação em países em vias de desenvolvimento.

Os trabalhos do grupo, coordenados pela fundação Eurovacc (destinada a desenvolver vacinas contra o vírus da sida), sobre a aplicabilidade por via respiratória, surgem publicados no último número da revista Proceedings da Academia Nacional dos Estados Unidos. Um artigo que se soma a outros dois trabalhos publicados em 2008 pela mesma equipa no Jornal de Virologia e Jornal de Medicina Experimental, nos quais são detalhados os ensaios realizados até ao momento em macacos e humanos.

Como explica o investigador participante Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia (do CSIC), em Madrid, o modelo utiliza anticorpos modificados do HIV para fomentar a activação no organismo de uma resposta celular e humoral contra o vírus da sida. A chave do modelo está nos vectores que emprega, nos canais utilizados para introduzir os anticorpos no organismo.

Esteban explica o método: "Utilizamos duas versões modificadas do vírus inoculado, usado como vacina na erradicação da varíola. Trata-se dos poxvírus MVA e NYVAC, que expressam quatro anticorpos modificados do HIV e que foram administrados junto com ADN que expressa os mesmo anticorpos". A descrição de estes vectores foi publicada em 2007 na revista Vaccine, pelo grupo de Mariano Esteban.

O primeiro ensaio do modelo foi provado em macacos e implicou o uso de anticorpos de HIV e SIV, o vírus da imunodeficiência em símios que deriva do HIV. De acordo com o investigador do CSIC, a experiência permitiu concluir, num primeiro momento, que os vectores induziam uma forte resposta e activavam os linfócitos CD4+ e CD8+, determinantes na defesa do organismo frente à doença. "Esta resposta do organismo dos macacos, enfrentando o SIV híbrido entre o HIV e o SIV, dava como resultado uma alta protecção contra a doença", garante Mariano Esteban.

Quanto aos resultados obtidos nos ensaios clínicos nos humanos, o investigador explica: "Cerca de 90% dos vacinados davam respostas imunes das células CD4+ e CD8+ específicas face aos anticorpos do HIV e estas respostas imunológicas do organismo mantinham-se durante, pelo menos, 72 semanas".

A equipa de investigadores planeia agora avançar com os ensaios clínicos de fase II em África, onde poderá avaliar a eficácia da vacina num maior número de voluntários. Uma avaliação de segurança que não tem, ainda, prazos para avançar.

Fonte:
Diario de Noticias
http://dn.sapo.pt/2008/02/13/ciencia/testada_nova_vacina_spray_para_o_hiv.html

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O que já está feito... e ainda por fazer

Neste ultimo século, com a globalização e os avanços ao nível da informática, a Medicina está a viver um período de mudanças radicais, os avanços tecnológicos são quase diários, novos materiais, medicamentos e exames proporcionam tratamentos cada vez mais eficientes e precisos, procura-se a cura ou prevenção de doenças consideradas, ate à pouco tempo, fatais.

Alguns estudos, estimam, que o conhecimento acumulado, no mundo, duplica a cada 2 anos, principalmente na área médica, isto é daqui a 2 anos há o dobro do que hoje se tem, e calcula-se que 10 anos, os conhecimentos disponíveis podem duplicar a cada 90 dias, o que nos trás alguns problemas tais como, será que podemos e devemos acompanhar essa evolução?

Este problema levanta-se principalmente em duas frentes, primeiro como é que é possível acompanhar este crescente avanço das tecnologias e da ciência, a segunda frente é a que tem levantado mais ondas e que se deve ao facto de muitas das novas técnicas e tecnologias são demasiado recentes e não estão devidamente testadas e regulamentadas, podendo ter consequências a longo prazo.

Hoje em dia surge uma nova realidade, a medicina alternativa que para alguns não passa senão de teorias inválidas aos olhos da ciência enquanto, que para outros funcionam como fuga às substâncias químicas (medicamentos) que nos receitam a toda a hora são exemplos desta medicina alternativa a acupunctura, a homeopatia, a osteopatia, quiroprática entre outras.

Algumas destas práticas funcionam com práticas que podem interrogar muitos, no entanto a sua procura é cada vez maior. Doenças como artrite reumatóide, asma etc., podem encontrar solução na medicina alternativa.

Também as doenças raras constituem um tema de relevante importância na sociedade actual, apesar de, como o nome indica, ocorrerem com pouca frequência na população em geral. São pois aquelas que afectam menos de uma em cada 2000 pessoas.

Devido à sua raridade, os pacientes da doença sofrem um processo difícil até ao reconhecimento e possível tratamento daquilo que os afecta, uma vez que a comunidade médica tem ainda um conhecimento relativamente reduzido face as estas doenças raras.

É pois preciso que se verifique uma sensibilização da população geral e da comunidade médica, no sentido de possibilitar uma melhor qualidade de vida àqueles que são afectados por essas doenças.



Autor:
Nils

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Pesquisadores anunciam a criação de embrião com três DNA diferentes

Uma equipe de pesquisadores britânicos criou um embrião com o DNA misturado de duas mulheres e um homem, uma novidade científica que poderá permitir, segundo eles, lutar contra a transmissão de doenças genéticas.
Os pesquisadores da Universidade de Newcastle (norte da Inglaterra) utilizaram dez embriões que não podiam ser usados para a fecundação in vitro, e substituíram as mitocôndrias defeituosas da mãe com células sadias provenientes de uma doadora.
Este avanço foi apresentado em Londres, durante um debate na Câmara dos Lordes, mas não havia sido publicado ainda em nenhuma revista científica, indicou a Universidade.
Os embriões se desenvolveram durante cinco dias, e um deles foi transplantado com êxito.
As mitocôndrias têm um papel vital para alimentar o corpo de energia, mas se sofrerem danos podem gerar doenças neuromusculares, no fígado, assim como surdez ou cegueira.

Fonte:

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Fármacos já existentes podem evitar contaminação pelo HIV

Fármacos já existentes no mercado para tratamento da Sida (anti-retrovirais) podem impedir a transmissão vaginal do vírus, segundo um estudo publicado na revista "PL
oS Medicine".

A grande maioria dos novos casos da doença surge em mulheres (mais susceptíveis ao HIV que os homens) que tenham praticado sexo desprotegido com um parceiro infectado.
Para testar essa possibilidade, os cientistas da University of Texas, EUA, utilizaram como modelo de estudo o ratinho.
Num grupo de cobaias, os cientistas aplicaram diariamente, ao longo de sete dias, a conjugação dos fármacos emtricitabina e tenofovir antes e depois da exposição vaginal ao HIV.
Para controlar os resultados, outro grupo foi exposto ao vírus mas sem se aplicar a toma dos medicamentos.
Entre o grupo dos ratinhos que não recebeu o tratamento, 90% foi infectado com o vírus da Sida. No outro grupo, que tinha recebido os anti-retrovirais, nenhum contraiu a doença.
Segundo o líder da investigação, Victor Garcia-Martinez, se o tratamento preventivo funcionar as perspectivas são muito positivas, em especial em áreas onde a incidência do vírus é alta, como acontece em África.

Fonte:

http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISDA56F374ITEMID4D8C05EA438B4438A1F5246D38A642C4PTBRIE.htm

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

'Science' escolhe os melhores do ano

Detalhamento das variações genéticas humanas e a possibilidade de ligar genes a doenças foram vencedores

Os grandes avanços conseguidos para aprofundar o conhecimento sobre a variação genética do homem foram escolhidos como o “acontecimento científico” de 2007 na opinião da revista Science. Em uma série especial sobre avanços da ciência, a publicação ressaltou o deslumbramento da comunidade científica com as variações do genoma humano.

A revista afirma que os estudos do genoma neste ano forneceram informações sobre várias doenças, incluindo a fibrilação arterial, o transtorno bipolar, os cancros de mama e colo-retal, os diabetes tipos 1 e 2, os problemas cardíacos, a hipertensão, a esclerose múltipla e a artrite reumatóide.

A partir da sequência do genoma humano, os cientistas começaram a fazer um acompanhamento de variações diminutas, chamadas polimorfismos do nucleotídeo único. Essas variações ou polimorfismos foram cruciais para comparar o DNA de milhares de indivíduos com ou sem doenças e determinar que variantes genéticas poderiam presumir o risco de uma patologia se manifestar.

A Science reforça que tais informações permitem que os pesquisadores determinem os genes relacionados a doenças, como os que são ligados ao diabete tipo 2, descobertos neste ano.

Segundo Robert Coontz, sub editor da Science e responsável pelo processo de selecção dos temas mais importantes do ano, a diferença do DNA de uma pessoa para outra ficou marcadamente estabelecida em 2007. “É um enorme salto conceitual, que afectará desde a maneira como os médicos tratam as doenças até a forma como nós mesmos nos vemos, e como protegemos nossa privacidade”, destacou.

Ao determinar a variação genética humana, os cientistas também descobriram que dentro das biliões de bases do DNA, muitas podem se perder, se misturar ou se replicar, alterando a estrutura genética em algumas gerações.

Em segundo lugar, a revista destaca o anúncio de que já existe uma tecnologia para reprogramar as células. Cientistas japoneses e americanos revelaram em Junho que tinham criado células-tronco totipotentes induzidas a partir de pele de rato. Eles afirmaram que essas células poderiam ser utilizadas para produzir qualquer tipo de células, inclusive óvulos e esperma, com o que demonstraram que têm as mesmas capacidades das células-tronco embrionárias, alvo de tanta polémica ética.
Três meses depois dessa divulgação, duas equipes de cientistas anunciaram que tinham criado o mesmo tipo de células a partir de células dérmicas humanas. “Esse estudo poderia alterar a ciência e a política na pesquisa das células-tronco”, afirma a publicação. Nos Estados Unidos, a pesquisa com células-tronco embrionárias se tornou um tema que divide liberais e conservadores.

O presidente George W. Bush é contra esse tipo de estudo por considerar que a pesquisa implica na destruição de embriões e, consequentemente, de seres humanos. Coontz acredita que as células reprogramáveis “poderiam abrir caminhos para a pesquisa biomédica, uma vez que os cientistas consigam superar alguns obstáculos”.
O sub editor da Science explica que essa descoberta era uma forte candidata a acontecimento científico do ano. “Mas nos decidimos pela variação genética humana, porque os estudos estão avançando muito rápido e radicalmente”, justificou.
A revista também mencionou como um dos grandes avanços científicas do ano a descoberta feita por astrónomos do Observatório Pierre Auger, na Argentina. Os pesquisadores descobriram que os raios cósmicos que cruzam a atmosfera parecem vir de áreas povoadas pelos chamados “núcleos galácticos activos”. Segundo os cientistas, esses raios cósmicos aumentam sua velocidade depois de passar pelos campos magnéticos que estão em volta dos buracos negros.

Fonte:

http://txt.estado.com.br/editorias/2007/12/21/ger-1.93.7.20071221.8.1.xml

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Nanotecnologia e Cancro

O objectivo do Instituto Nacional de Cancro dos Estados Unidos é utilizar a Nanotecnologia (sem dúvida um dos avanços tecnológicos significante de nossos tempos), para eliminar antes de 2015 as mortes e o sofrimento causados pelo cancro. Neste sentido as investigações actuais se centram em como utilizar a Nanotecnologia para mudar de forma radical a capacidade da medicina para diagnosticar, compreender e tratar o cancro.
Investigações já realizadas conseguiram desenvolver nano-aparelhos capazes de detectar um cancro na fase muito preliminar, localizá-lo com extrema precisão, proporcionar tratamentos especificamente dirigidos às células malignas e medir a eficácia dos ditos tratamentos na eliminação das células malignas. Mas as investigações continuam, e são tais os últimos avanços tecnológicos neste campo, que cientistas experientes acreditam que a Nanotecnologia pode se transformar num instrumento base no diagnóstico, tratamento e prevenção desta doença mortal.
Graças a outro grande projecto, o Human Genome Project os cientistas sabem cada vez mas sobre o desenvolvimento do cancro, o que por sua vez cria novas possibilidades para atacar a base molecular desta doença. Não obstante, até agora os investigadores não dispunham das inovações tecnológicas necessárias para converter importantes achados moleculares em benefícios directos para doentes oncológicos. É aqui onde a Nanotecnologia pode assumir um papel chave, através de avanços tecnológicos e ferramentas capazes de transformar a forma de diagnosticar, de tratar e prevenir da medicina actual.


Fonte:
http://www.euroresidentes.com/Brazil/avancos/Avancos_Nanotecnologia_Cancer.htm (adaptado)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Tecnologia e medicina: juntas, podem fazer da ficção uma realidade para pacientes

Mão artificial, olho biónico e sistema robótico que se encaixa no corpo e ajuda a carregar peso são algumas das novidades


A tecnologia já faz parte das nossas vidas há tempos. Porém, além das maravilhas que pode fazer pelo entretenimento, pela comunicação e pela segurança, os avanços tecnológicos, quando aplicados no campo da medicina, podem surpreender ainda mais.

A Experimental Biology é um encontro anual de cientistas que ocorre nos EUA onde são apresentados projectos e estudos ligados à biologia experimental, como sugere o nome.

Na feira deste ano, cujo tema foi "Avançando a Fronteira Biomédica", os pesquisadores exibiram diversos equipamentos que pareciam ter saído de alguma ficção científica, como RoboCop ou Bionic Man.

Robôs e membros artificiais

Um exemplo é o sistema robótico desenvolvido pela Universidade da Califórnia chamado BLEEX, que se encaixa no corpo humano como uma peça de roupa e, imitando todos os seus movimentos, o auxilia a levantar pesos.

O sistema já havia sido apresentado em 2004, mas está em um ponto de desenvolvimento mais avançado a esta altura. No momento, é produzido para o uso militar e industrial, mas seus criadores estão trabalhando no sentido de, em cerca de três anos, o disponibilizar para cidadãos comuns que tenham dificuldade para andar e carregar peso.

Outro projecto apresentado foi o da mão artificial Dextra, da Universidade de Rutgers. Partindo do pressuposto de que, no caso de amputação da mão, os músculos e a parte do cérebro responsável pelos seus movimentos continuam intactos, os cientistas produziram um sistema, que recebe os sinais de sensores ligados à parte mutilada e os traduz em pequenos movimentos.

Até agora, movimentos bruscos ainda não são possíveis, mas dá para realizar tarefas mais simples como girar a chave na fechadura, abrir portas ou apanhar objectos de uma mesa, por exemplo.

Olho biónico

A área de oftalmologia não ficou de fora. Médicos da universidade de Stanford desenvolveram uma das mais chamativas das novidades: um olho biónico. Com o dispositivo, quem perdeu a visão por causa da perda de foto-receptores da retina pode voltar a enxergar, pelo menos em parte.

São implantado um chip sensível à luz menor que um grão de arroz e uma pequena bateria solar no olho deficiente que, com o auxílio de um computador portátil do tamanho de uma carteira, estimulam as células da retina a reconhecer imagens.

Os testes em cobaias animais mostraram que o resultado é possível, e a meta dos estudiosos é conseguir ampliar a visão proporcionada de forma a permitir que os usuários reconheçam rostos e leiam placas grandes.

Fonte:
http://dinheiro.br.msn.com/especiais/tecnologia/artigo.aspx?cp-documentid=4140125

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Saúde cardíaca dos norte-americanos piorou desde o 11 de Setembro

O stress derivado dos atentados de 11 de Setembro de 2001 teve consequências nefastas para a saúde cardíaca dos norte-americanos, mesmo para aqueles que não estiveram directamente ligados ao acto terrorista, revelam investigadores.

Na primeira investigação feita do género, publicada na edição de Janeiro do jornal «Archives of General Psychiatry», dos investigadores da Universidade de Irvine, na Califórnia, estabelece-se uma ligação entre os atentados, ocorridos em Nova Iorque e Washington, e um aumento de 53 por cento dos problemas cardíacos na população adulta que foi alvo de estudo nos três anos que seguiram o 11 de Setembro.

A maioria assistiu em directo aos atentados através da televisão e um terço não teve qualquer tipo de ligação com estes.

A maior parte dos indivíduos que não apresentava nenhum factor de risco, como os fumadores e os obesos, sofreram um declínio da sua saúde cardíaca, segundo os investigadores.

«Parece que os atentados do 11 de Setembro foram tão importantes, que a cobertura efectuada pelos media transmitiu stress suficiente aos telespectadores que reagiram de uma forma que contribuiu para aumentar os seus problemas cardíacos», afirmou Alison Holman, principal autora da investigação.

Esta investigação foi conduzida ao longo de três anos e abrangeu 1.500 adultos.


Fonte:

Diário Digital / Lusa

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Governo britânico regulará homeopatia e outros tratamentos alternativos

O governo britânico pretende regular pela primeira vez a aromaterapia, a reflexologia, a homeopatia e outros tratamentos alternativos, cada vez mais populares no Reino Unido, indica hoje o jornal “The Times”.



O novo Conselho para a Saúde Natural, que tem apoio do príncipe Charles, poderá desta forma proibir o exercício desse tipo de práticas a eventuais charlatões e a profissionais incompetentes ou descuidados.

O órgão ficará encarregado de criar padrões mínimos capazes de garantir que aqueles que praticam estas medicinas alternativas estejam devidamente qualificados para isso.

Os pacientes poderão, por sua vez, fazer possíveis queixas à entidade, inspirada no já existente Conselho de Clínicos Gerais.

Embora o sistema seja inicialmente voluntário, as autoridades acreditam que ele seja aceito por todos os praticantes, pois será uma garantia de qualidade que o público levará em conta.

O organismo só aceitará o registro dos profissionais que tenham completado um curso reconhecido oficialmente, estejam devidamente assegurados e assinem um código de conduta.

Segundo algumas pesquisas, 68% dos cidadãos do Reino Unido acham que os tratamentos alternativos são tão válidos quanto os convencionais.

No entanto, há muito tempo as autoridades estão preocupadas com o fato de que actualmente qualquer pessoa pode se dedicar à acupunctura, ao herbalismo e a outras práticas do tipo.

De acordo com uma pesquisa do “Times”, três em cada quatro pessoas acham que aqueles que praticam esses tratamentos alternativos estão devidamente formados e autorizados para fazê-lo.

Entre as práticas que as autoridades de saúde regularão estão ainda as massagens, a osteopatia craniana, o shiatsu, o reiki e as chamadas técnicas de Alexander e de Bowen.

O Conselho para a Saúde Natural, promovido pelo príncipe Charles, será formado por uma série de pessoas nomeadas graças a um processo independente e haverá uma clara divisão entre o organismo e os entes profissionais representativos dos distintos tratamentos regulados.


Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u360471.shtml


Medicamento português à venda nos EUA


Antiepilético da Bial só será comercializado em finais de 2009

Pela primeira vez, um medicamento português vai ser vendido nos EUA no Canadá. Só com a assinatura do contrato de licenciamento, a empresa farmacêutica, Bial, traz para Portugal 50 milhões de euros.

Foram precisos 14 anos de investigação para que a Bial criasse um novo medicamento para a epilepsia. As vantagens do fármaco, na melhoria da qualidade de vida dos doentes, foram agora reconhecidas por uma empresa norte-americana, que quer comercializar o produto.
A licença de venda rendeu, num processo inicial, 50 milhões de euros, mas a receita sobre esta venda poderá atingir os 120 milhões.
O medicamento só comecará a ser comercializado em finais de 2009, assim que a autoridade norte-americana, que regula o sector, aceite o registo do produto.
Na investigação deste fármaco para a epilepsia, a Bial investiu, nos últimos dez anos, cerca de 250 milhões de euros.
Dinheiro que esperam vir a recuperar assim que se inicie a comercialização do fármaco.
A empresa conta estender, também em 2009, a venda do medicamento à Europa e ao Japão.

Fonte:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/20080102Medicamento+portugues+a+venda+nos+EUA.htm