segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Em mais de 250 mil casos analisados- Excesso de peso associado a 13 tumores

Diabetes, hipertensão, colesterol, problemas na pele. A lista prossegue, repleta de doenças, diferentes entre si, mas tendo em comum a obesidade. De acordo com uma investigação realizada por cientistas britânicos e suíços, ao rol de enfermidades associadas ao excesso peso pode juntar-se, sem grandes dúvidas, o cancro.


Garantem os especialistas da Universidade de Manchester, do Hospital Christie e da Universidade de Berna que o risco de desenvolver um tumor maligno em quem sofre de obesidade é maior não só no caso dos cancros mais comuns – como o da mama, cólon ou rins – mas também naqueles com menor incidência, estando associado a 13 tumores.Ao analisar mais de 250 mil casos de cancro e 141 estudos de diferentes origens, os especialistas concluíram que o risco de cancro associado a um aumento do índice de massa corporal (relação entre peso e altura) de cinco valores (o que corresponde a mais 15 quilos) é 24 por cento superior nos homens quando se trata do cancro do cólon e renal, percentagem que sobe no caso do adenocarcinoma do esófago (52 por cento) e do cancro da tiróide (33 por cento).Nas mulheres, 13 quilos a mais do que o normal equivalem a um risco elevado, por exemplo, de cancro do endométrio e da vesícula (59 por cento) ou dos rins (34 por cento).O trabalho, publicado na revista ‘The Lancet’, é mais uma prova de que a obesidade está associada ao risco de cancro. Porém, fica por esclarecer, segundo os investigadores, se a redução de peso pode servir de protecção contra os tumores malignos.Este foi o tema de um estudo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e do Instituto Português de Oncologia do Porto. Rui Medeiros, um dos autores, verificou que o risco de cancro da próstata é maior entre homens com excesso de peso. Isto porque, explica ao CM, “a obesidade, pelo desequilíbrio que provoca no organismo, causa a activação de mecanismos que aumentam o risco de cancro”.

Domingo, 24 Fevereiro 2008

Fonte:
http://www.correiodamanha.pt/pesquisa.asp?q=obesidade&procurar=Pesquisar&search=0&dia1=10&mes1=2&ano1=2008&dia2=25&mes2=2&ano2=2008&dia=1&mes=2&ano=2008

Doenças raras atingem 8% dos portugueses

Em Portugal estima-se que existam cerca de 800 mil pessoas que sofrem de alguma doença rara, tendo sido já identificadas sete mil patologias deste género em todo o mundo.
A IV Conferência Europeia sobre Doenças Raras que decorre esta terça-feira de Lisboa, servirá de palco para a apresentação de um plano de acção nacional para travar e perceber um pouco mais sobre estas doenças.
Ainda assim, os especialistas deverão divulgar algumas das recomendações da Comissão Europeia, no sentido em que, actualmente, ainda não existe um estudo que prove a incidência desta doença.
De acordo com o Jornal de Notícias, o referido Plano de Acção já foi aprovado pela Direcção-Geral da Saúde e aguarda agora o aval do ministro da Saúde, Correia de Campos.
A medida defende a existência de uma cooperação entre as estruturas europeias que tenha em vista a investigação de doenças raras com a criação de «centros de referência», que podem ou não estar instaladas em unidades hospitalares.
Fonte:

Acupuntura aumenta eficácia de tratamentos de FIV

Estudo apresentado no National Center for Complementary and Alternative Medicine

A acupuntura pode aumentar até 65% as probabilidades de sucesso dos tratamentos de Fertilização In Vitro (FIV), aponta um estudo publicado no sítio do National Center for Complementary and Alternative Medicine.
As conclusões da análise, realizada por especialistas da University of Maryland, nos EUA, e da VU University, na Holanda, foram baseadas em sete outros estudos que analisaram 1.366 mulheres desde 2002.
Durante o tempo em que os levantamentos foram realizados, todas as mulheres tentaram uma gravidez através da FIV – técnica pela qual o óvulo é fertilizado em laboratório e em seguida implantado no útero.
Algumas delas foram submetidas a tratamentos de acupuntura, outras estavam a receber uma espécie de acupuntura falsa (em que as agulhas são aplicadas em lugares que não surtem efeito) e outras não foram submetidas a nenhum método.
Ao analisar o índice de gravidez resultante da FIV, os investigadores observaram que as mulheres que foram tratadas com a acupuntura tiveram mais 65% de probabilidades de engravidar.
Os especialistas afirmam, no entanto, não estar claro como a acupuntura age, mas acreditam que o stress gerado pelo tratamento para engravidar "pode ser amenizado pelo relaxamento proporcionado pela acupuntura".

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Fonte:

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Testada nova vacina em 'spray' para o HIV

Estudo pré-clínico revela que aerossol desperta defesas
É mais um avanço no desenvolvimento de uma vacina contra a sida. Um estudo pré-clínico, da respon- sabilidade de uma equipa inter- nacional, que conta com a participação do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), com sede em Madrid, mostra que um aerossol, baseado na vacina que erradicou a varíola, é seguro e desperta as defesas dos macacos nos ensaios clínicos realizados. Os resultados em humanos são também positivos, tendo sido realizado um ensaio clínico de fase I com 40 voluntários sãos.

Neste trabalho participaram 20 cientistas oriundos de 12 centros de investigação de seis países europeus, que conseguiram, pela primeira vez, demonstrar que esta vacina inalada é segura e gera uma resposta imune, forte e prolongada no tempo. O modelo proposto é baseado em vectores do vírus inoculado modificados geneticamente. A administração por via respiratória, com aerossóis (nebulizadores) facilitaria o seu uso em programas de vacinação em países em vias de desenvolvimento.

Os trabalhos do grupo, coordenados pela fundação Eurovacc (destinada a desenvolver vacinas contra o vírus da sida), sobre a aplicabilidade por via respiratória, surgem publicados no último número da revista Proceedings da Academia Nacional dos Estados Unidos. Um artigo que se soma a outros dois trabalhos publicados em 2008 pela mesma equipa no Jornal de Virologia e Jornal de Medicina Experimental, nos quais são detalhados os ensaios realizados até ao momento em macacos e humanos.

Como explica o investigador participante Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia (do CSIC), em Madrid, o modelo utiliza anticorpos modificados do HIV para fomentar a activação no organismo de uma resposta celular e humoral contra o vírus da sida. A chave do modelo está nos vectores que emprega, nos canais utilizados para introduzir os anticorpos no organismo.

Esteban explica o método: "Utilizamos duas versões modificadas do vírus inoculado, usado como vacina na erradicação da varíola. Trata-se dos poxvírus MVA e NYVAC, que expressam quatro anticorpos modificados do HIV e que foram administrados junto com ADN que expressa os mesmo anticorpos". A descrição de estes vectores foi publicada em 2007 na revista Vaccine, pelo grupo de Mariano Esteban.

O primeiro ensaio do modelo foi provado em macacos e implicou o uso de anticorpos de HIV e SIV, o vírus da imunodeficiência em símios que deriva do HIV. De acordo com o investigador do CSIC, a experiência permitiu concluir, num primeiro momento, que os vectores induziam uma forte resposta e activavam os linfócitos CD4+ e CD8+, determinantes na defesa do organismo frente à doença. "Esta resposta do organismo dos macacos, enfrentando o SIV híbrido entre o HIV e o SIV, dava como resultado uma alta protecção contra a doença", garante Mariano Esteban.

Quanto aos resultados obtidos nos ensaios clínicos nos humanos, o investigador explica: "Cerca de 90% dos vacinados davam respostas imunes das células CD4+ e CD8+ específicas face aos anticorpos do HIV e estas respostas imunológicas do organismo mantinham-se durante, pelo menos, 72 semanas".

A equipa de investigadores planeia agora avançar com os ensaios clínicos de fase II em África, onde poderá avaliar a eficácia da vacina num maior número de voluntários. Uma avaliação de segurança que não tem, ainda, prazos para avançar.

Fonte:
Diario de Noticias
http://dn.sapo.pt/2008/02/13/ciencia/testada_nova_vacina_spray_para_o_hiv.html

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O que já está feito... e ainda por fazer

Neste ultimo século, com a globalização e os avanços ao nível da informática, a Medicina está a viver um período de mudanças radicais, os avanços tecnológicos são quase diários, novos materiais, medicamentos e exames proporcionam tratamentos cada vez mais eficientes e precisos, procura-se a cura ou prevenção de doenças consideradas, ate à pouco tempo, fatais.

Alguns estudos, estimam, que o conhecimento acumulado, no mundo, duplica a cada 2 anos, principalmente na área médica, isto é daqui a 2 anos há o dobro do que hoje se tem, e calcula-se que 10 anos, os conhecimentos disponíveis podem duplicar a cada 90 dias, o que nos trás alguns problemas tais como, será que podemos e devemos acompanhar essa evolução?

Este problema levanta-se principalmente em duas frentes, primeiro como é que é possível acompanhar este crescente avanço das tecnologias e da ciência, a segunda frente é a que tem levantado mais ondas e que se deve ao facto de muitas das novas técnicas e tecnologias são demasiado recentes e não estão devidamente testadas e regulamentadas, podendo ter consequências a longo prazo.

Hoje em dia surge uma nova realidade, a medicina alternativa que para alguns não passa senão de teorias inválidas aos olhos da ciência enquanto, que para outros funcionam como fuga às substâncias químicas (medicamentos) que nos receitam a toda a hora são exemplos desta medicina alternativa a acupunctura, a homeopatia, a osteopatia, quiroprática entre outras.

Algumas destas práticas funcionam com práticas que podem interrogar muitos, no entanto a sua procura é cada vez maior. Doenças como artrite reumatóide, asma etc., podem encontrar solução na medicina alternativa.

Também as doenças raras constituem um tema de relevante importância na sociedade actual, apesar de, como o nome indica, ocorrerem com pouca frequência na população em geral. São pois aquelas que afectam menos de uma em cada 2000 pessoas.

Devido à sua raridade, os pacientes da doença sofrem um processo difícil até ao reconhecimento e possível tratamento daquilo que os afecta, uma vez que a comunidade médica tem ainda um conhecimento relativamente reduzido face as estas doenças raras.

É pois preciso que se verifique uma sensibilização da população geral e da comunidade médica, no sentido de possibilitar uma melhor qualidade de vida àqueles que são afectados por essas doenças.



Autor:
Nils

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Pesquisadores anunciam a criação de embrião com três DNA diferentes

Uma equipe de pesquisadores britânicos criou um embrião com o DNA misturado de duas mulheres e um homem, uma novidade científica que poderá permitir, segundo eles, lutar contra a transmissão de doenças genéticas.
Os pesquisadores da Universidade de Newcastle (norte da Inglaterra) utilizaram dez embriões que não podiam ser usados para a fecundação in vitro, e substituíram as mitocôndrias defeituosas da mãe com células sadias provenientes de uma doadora.
Este avanço foi apresentado em Londres, durante um debate na Câmara dos Lordes, mas não havia sido publicado ainda em nenhuma revista científica, indicou a Universidade.
Os embriões se desenvolveram durante cinco dias, e um deles foi transplantado com êxito.
As mitocôndrias têm um papel vital para alimentar o corpo de energia, mas se sofrerem danos podem gerar doenças neuromusculares, no fígado, assim como surdez ou cegueira.

Fonte:

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Fármacos já existentes podem evitar contaminação pelo HIV

Fármacos já existentes no mercado para tratamento da Sida (anti-retrovirais) podem impedir a transmissão vaginal do vírus, segundo um estudo publicado na revista "PL
oS Medicine".

A grande maioria dos novos casos da doença surge em mulheres (mais susceptíveis ao HIV que os homens) que tenham praticado sexo desprotegido com um parceiro infectado.
Para testar essa possibilidade, os cientistas da University of Texas, EUA, utilizaram como modelo de estudo o ratinho.
Num grupo de cobaias, os cientistas aplicaram diariamente, ao longo de sete dias, a conjugação dos fármacos emtricitabina e tenofovir antes e depois da exposição vaginal ao HIV.
Para controlar os resultados, outro grupo foi exposto ao vírus mas sem se aplicar a toma dos medicamentos.
Entre o grupo dos ratinhos que não recebeu o tratamento, 90% foi infectado com o vírus da Sida. No outro grupo, que tinha recebido os anti-retrovirais, nenhum contraiu a doença.
Segundo o líder da investigação, Victor Garcia-Martinez, se o tratamento preventivo funcionar as perspectivas são muito positivas, em especial em áreas onde a incidência do vírus é alta, como acontece em África.

Fonte:

http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISDA56F374ITEMID4D8C05EA438B4438A1F5246D38A642C4PTBRIE.htm

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

'Science' escolhe os melhores do ano

Detalhamento das variações genéticas humanas e a possibilidade de ligar genes a doenças foram vencedores

Os grandes avanços conseguidos para aprofundar o conhecimento sobre a variação genética do homem foram escolhidos como o “acontecimento científico” de 2007 na opinião da revista Science. Em uma série especial sobre avanços da ciência, a publicação ressaltou o deslumbramento da comunidade científica com as variações do genoma humano.

A revista afirma que os estudos do genoma neste ano forneceram informações sobre várias doenças, incluindo a fibrilação arterial, o transtorno bipolar, os cancros de mama e colo-retal, os diabetes tipos 1 e 2, os problemas cardíacos, a hipertensão, a esclerose múltipla e a artrite reumatóide.

A partir da sequência do genoma humano, os cientistas começaram a fazer um acompanhamento de variações diminutas, chamadas polimorfismos do nucleotídeo único. Essas variações ou polimorfismos foram cruciais para comparar o DNA de milhares de indivíduos com ou sem doenças e determinar que variantes genéticas poderiam presumir o risco de uma patologia se manifestar.

A Science reforça que tais informações permitem que os pesquisadores determinem os genes relacionados a doenças, como os que são ligados ao diabete tipo 2, descobertos neste ano.

Segundo Robert Coontz, sub editor da Science e responsável pelo processo de selecção dos temas mais importantes do ano, a diferença do DNA de uma pessoa para outra ficou marcadamente estabelecida em 2007. “É um enorme salto conceitual, que afectará desde a maneira como os médicos tratam as doenças até a forma como nós mesmos nos vemos, e como protegemos nossa privacidade”, destacou.

Ao determinar a variação genética humana, os cientistas também descobriram que dentro das biliões de bases do DNA, muitas podem se perder, se misturar ou se replicar, alterando a estrutura genética em algumas gerações.

Em segundo lugar, a revista destaca o anúncio de que já existe uma tecnologia para reprogramar as células. Cientistas japoneses e americanos revelaram em Junho que tinham criado células-tronco totipotentes induzidas a partir de pele de rato. Eles afirmaram que essas células poderiam ser utilizadas para produzir qualquer tipo de células, inclusive óvulos e esperma, com o que demonstraram que têm as mesmas capacidades das células-tronco embrionárias, alvo de tanta polémica ética.
Três meses depois dessa divulgação, duas equipes de cientistas anunciaram que tinham criado o mesmo tipo de células a partir de células dérmicas humanas. “Esse estudo poderia alterar a ciência e a política na pesquisa das células-tronco”, afirma a publicação. Nos Estados Unidos, a pesquisa com células-tronco embrionárias se tornou um tema que divide liberais e conservadores.

O presidente George W. Bush é contra esse tipo de estudo por considerar que a pesquisa implica na destruição de embriões e, consequentemente, de seres humanos. Coontz acredita que as células reprogramáveis “poderiam abrir caminhos para a pesquisa biomédica, uma vez que os cientistas consigam superar alguns obstáculos”.
O sub editor da Science explica que essa descoberta era uma forte candidata a acontecimento científico do ano. “Mas nos decidimos pela variação genética humana, porque os estudos estão avançando muito rápido e radicalmente”, justificou.
A revista também mencionou como um dos grandes avanços científicas do ano a descoberta feita por astrónomos do Observatório Pierre Auger, na Argentina. Os pesquisadores descobriram que os raios cósmicos que cruzam a atmosfera parecem vir de áreas povoadas pelos chamados “núcleos galácticos activos”. Segundo os cientistas, esses raios cósmicos aumentam sua velocidade depois de passar pelos campos magnéticos que estão em volta dos buracos negros.

Fonte:

http://txt.estado.com.br/editorias/2007/12/21/ger-1.93.7.20071221.8.1.xml