quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Estudo revela que impulsos magnéticos podem tratar depressão



Estimular o cérebro com pequenos impulsos magnéticos é um modo seguro e eficiente para tratar a depressão profunda, revela um estudo divulgado nesta quarta-feira nos Estados Unidos.



O método é uma alternativa para entre 20% a 40% das vítimas de depressão profunda, que não respondem a anti-depressivos e ou à psicoterapia, e para os que querem evitar o uso de drogas.

"O estudo lança uma nova luz sobre a eficiência da estimulação magnética transcraniana (TMS) como tratamento para a depressão", disse John Krystal, editor da Biological Psychiatry, que publicará a pesquisa no dia 1º de Dezembro.

"O resultado é particularmente importante para os pacientes que não toleram anti-depressivos e para os que não reagem a tratamentos alternativos".

O método consiste em enviar rápidas descargas de energia magnética ao cérebro por meio de um dispositivo fixado no couro cabeludo.

Os impulsos fazem com que os neurónios de uma pequena área do cérebro se "acendam", disse Philip Janicak, professor de Psiquiatria do Rush Universitary Medical Center, em Chicago.

Estes neurónios "enviam sinais a zonas mais profundas do cérebro que controlam o apetite e estão relacionadas com a depressão", revelou Janicak.

Os índices de melhora entre os pacientes que receberam o tratamento foi o dobro em relação aos que experimentaram apenas uma simulação do método.

Os resultados superaram, inclusive, os tratamentos com anti-depressivos.

A notícia é, particularmente, significativa na medida em que a maior parte dos pacientes submetida ao tratamento não reagia aos anti-depressivos.

A pesquisa envolveu 325 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Austrália que sofriam de depressão profunda.

Os efeitos colaterais foram dores de cabeça e feridas no couro cabeludo.


Fonte:
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/11/21/estudo_revela_que_impulsos_magneticos_podem_tratar_depressao_1090410.html

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Obesidade aumenta em Portugal

Um quarto da população na faixa etária entre 55 e 64 anos é obesa

Um quarto da população na faixa etária entre os 55 e os 64 anos é obesa, de acordo com os dados do último Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006). O levantamento feito junto da população portuguesa demonstra que a obesidade está a ganhar terreno em Portugal e que se registaram aumentos em todas as faixas etárias, comparativamente com os dados disponíveis anteriores, referentes ao período 1998/99. Segundo avança a edição online do jornal Público, a percentagem de obesos aumentou 30,7% entre a população masculina com idades entre os 55 e os 64 anos e 16,3 % nas mulheres da mesma faixa etária. Um quarto das mulheres com estas idades são obesas, bem como 23,4% dos homens. Entre os jovens adultos, com idades entre os 18 e os 24 anos, registou-se um aumento de 33,9% entre os homens e 25% entre as mulheres.

Fonte:

http://www.obesidade.online.pt/images/stories/noticias/280707www.fabricadeconteudos.pdf

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Instituto sueco diz estar perto de vacina contra a Sida

Cientistas do Instituto Karolinska da Suécia, uma das mais respeitadas instituições de investigação do mundo, anunciaram na televisão sueca que esperam obter uma vacina eficaz contra o vírus da Sida dentro de dois a três anos.

Os testes clínicos da vacina – fruto de um estudo iniciado há sete anos – mostraram que 97% dos 40 voluntários inoculados desenvolveram resposta imunológica contra o vírus HIV.

A vacina está agora a ser testada em 60 voluntários na Tanzânia, e os primeiros testes indicam a possibilidade de obter resultados semelhantes aos alcançados na Suécia.

«Os resultados das fases 1 e 2 dos testes têm sido extremamente promissores», disse em entrevista à BBC a cientista Britta Wahren, responsável pelo projecto da vacina no Instituto Karolinska.

Durante os últimos 20 anos, cerca de 200 vacinas foram desenvolvidas em diferentes países, mas nenhuma conseguiu, até agora, obter resultados eficazes nos testes com humanos em larga escala.

Em Setembro passado, foram suspensos os testes de uma vacina experimental que era considerada uma das mais avançadas, após falhas registadas nos resultados preliminares.

O estudo, conduzido pelo laboratório Merck em nove países mostrou, depois de 13 meses de testes, que a vacina não conseguiu impedir a contaminação de voluntários com o vírus HIV.

Segundo a ONU, a Sida já provocou mais de 20 milhões de mortes, e hoje cerca de 40 milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV no mundo – 70% delas no continente africano.


Fonte:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=302893

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Estados Unidos criam «preservativo líquido»

Investigadores norte-americanos estão a desenvolver um «preservativo líquido» para proteger as mulheres contra o vírus da SIDA.

O líquido, criado pela equipa da Universidade de Utah, transforma-se numa cobertura de gel quando inserida na vagina, explica a BBC.

Depois, quando exposta ao sémen, retorna à forma líquida e liberta uma droga anti-viral para atacar o vírus VIH.

No entanto, a tecnologia, divulgada num artigo na revista científica Journal of Pharmaceutical Sciences, ainda deve demorar cinco anos até ser testada em seres humanos.

E os pesquisadores prevêem mesmo que ainda sejam precisos cerca de dez anos até que o produto possa ser usado em larga escala.

«O nosso maior objectivo para esta tecnologia é proteger as mulheres e os seus filhos no útero ou recém-nascidos de serem contaminados com o vírus da Sida», explica o investigador Patrick Kiser.

O projecto da Universidade de Utah faz parte de um esforço mundial de pesquisa para desenvolver «microbicidas»: sistemas para a administração de drogas por meio de géis, esponjas ou cremes de forma a prevenir a infecção pelo VIH ou outras doenças sexualmente transmissíveis.


Fonte:
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=758114

Cientistas descobrem árvore genealógica do HIV

Estudo indica que vírus passou da África para o Haiti e, em 1969, atingiu os EUA; Informação pode ajudar na descoberta de uma vacina contra o vírus da sida e prever mutações.

A estirpe mais comum do vírus HIV (subtipo 1 do grupo M) foi trazida do Haiti em 1969. A descoberta foi anunciada, esta terça-feira, por uma equipa internacional de investigadores - coordenada por Tom Gilbert, do departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade do Arizona, Estados Unidos - que se dedicou ao estudo da emergência mundial da sida no continente americano - «The emergence of HIV-Aids in the Americas and beyond».

De acordo com o artigo publicado na revista especializada «Proceedings of the National Academy of Sciences» (PNAS), a estirpe investigada passou do Haiti para os EUA por volta de 1969, espalhando-se, de seguida, pela Europa, dando origem à epidemia global.

Na publicação, a equipa explica como descobriu a origem da estirpe dominante do HIV: “Estudámos as amostras de sangue dos cinco primeiros doentes infectados com sida, sendo que, todos eram imigrantes do Haiti nos Estados Unidos. Através de um estudo genético de outros 117 pacientes de outros países, reconstruímos a árvore genealógica do vírus.”

Com base no mapa de contágio, os investigadores concluíram que o HIV veio justamente do Haiti, provavelmente, através de uma única pessoa, no fim dos anos 70. Esta variante pode ser encontrada, também, na Europa e em grande parte da América do Sul, Austrália e Japão.

África é, contudo, o continente apontado pelos cientistas como o foco originário da sida. Segundo a investigação, a passagem do vírus do continente africano para o Haiti, terá ocorrido, provavelmente, em meados da década de 1960. Acredita-se que o HIV tenha chegado àquela ilha através de operários que estavam no Congo. O estudo norte-americano indica que a hipótese de que os vírus haitianos tenham formado, a partir da África, o primeiro tronco da árvore genética do HIV é de 99,8%.

Em entrevista à rede britânica BBC, Michael Worobey, da Universidade de Arizona em Tucson, um dos participantes do estudo, esclareceu que: "Por volta de 1966, o vírus começou a propagar-se dentro do Haiti, podendo ser considerado o ponto de partida para a evolução global da doença. Poucos anos depois, uma variante do Haiti deu origem ao que se tornaria a explosão da doença em todo o mundo."

A equipa de investigadores pretende, agora, avançar com o estudo, confirmando o caminho do vírus antes de sua chegada ao Haiti. " Entender o percurso e as diferentes variantes do HIV pode ajudar a prever as eventuais transformações do vírus no futuro e conduzir a novos tratamentos", frisaram.

Fonte:
Raquel Pacheco
http://www.farmacia.com.pt/index.php?name=News&file=article&sid=4957