segunda-feira, 21 de abril de 2008

África regista mais de um milhão de novos casos de infecção por Sida

OMS estima que no ano passado tenham morrido 1,6 milhão de pessoas vítimas da doença

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1,7 milhões de novas infecções por HIV/Sida e 1,6 milhões de mortes ocorreram em adultos e crianças na África subsahariana em 2007.
O facto foi revelado pelo director regional da OMS para África, o angolano Luís Gomes Sambo, quando dissertava sobre o tema " Intensificar Intervenções para a Prevenção e Controlo de Infecções de Transmissão Sexual e VIH/SIDA", no segundo Congresso da CPLP sobre VIH/SIDA/DST, que decorre no Rio de Janeiro, Brasil.
Acrescentou que o VIH/SIDA constitui uma séria ameaça à segurança e ao desenvolvimento socio-económico do continente e que o modo de transmissão predominante da doença no continente é a via das relações heterossexuais.
Segundo ele, cerca de 61 porcento das pessoas vivendo com o VIH são mulheres. Entre as causas principais determinantes da epidemia estão as elevadas taxas de pobreza, de analfabetismo, conflitos armados, o alto nível de estigmação, assim como a dependência económica das mulheres relativamente aos maridos.
Contudo, dados recentes da OMS e da ONUSIDA apontam para uma estabilização da prevalência mundial do VIH e para o declínio do número de novos casos em alguns países africanos da África subsahariana, o que se deve em parte ao impacto dos programas de luta contra a doença.
No entanto, frisou, torna-se necessária uma intensificação continuada destes esforços, numa maior abrangência possível, em particular nas zonas mais remotas ou negligenciadas.
Gomes Sambo considera importante extrair lições sobre os principais factores que têm contribuído para inverter as tendências da epidemia. Entre os factores de sucesso destacam-se o compromisso ao mais alto nível político dos países, a participação comunitária e a descentralização dos serviços até níveis mais periféricos.
Por fim, sublinhou que o escritório regional da OMS continuará a envidar todos os esforços no sentido de reforçar os laços já existentes com os países africanos da CPLP, com o apoio do Brasil e de Portugal, para que, por meio da assistência técnica, se possa providenciar um apoio coordenador e estrategicamente orientado para as prioridades dos países, por forma a intensificarem as intervenções para a prevenção e controlo do VIH/SIDA e outras DST.



Fonte:


http://www.jornaldeangola.com/artigo.php?ID=82099&Seccao=geral

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