segunda-feira, 5 de maio de 2008

Obesidade: TV aumenta risco nas crianças

As crianças que dormem menos de 12 horas e que vêem muita televisão têm maior tendência para ter peso excessivo antes da idade escolar, segundo um estudo realizado por cientistas da Escola de Medicina de Harvard (EUA), cita a Lusa.

A conclusão do estudo, publicado esta terça-feira pela revista «Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine» baseia-se em informações das mães sobre os hábitos dos seus filhos assim como em medições directas do seu peso e estatura.
Os cientistas assinalam que esta é uma nova prova de que existe uma relação entre o sono e a obesidade, a qual pode afectar crianças de tenra idade.
Acrescentam que o efeito do pouco tempo de sono é reforçado pela televisão e que o estudo permite determinar que as crianças que dormem menos e vêem muita televisão têm maiores probabilidades de ser obesos.
Horários são muito importantes
«Os dois comportamentos, independentes ou em combinação, envolvem risco», explicou Elsie Taveras, autora principal do estudo.
Os cientistas estudaram 915 crianças, das quais 586 dormiam uma média de 12 horas ou mais por dia e 329 dormiam menos de 12 horas.
Entre as que dormiam mais de 12 horas a incidência de obesidade era de sete por cento aos três anos de idade, mas entre as que dormiam menos era de 12 por cento. Quando considerada a permanência em frente à televisão durante duas ou mais horas diárias, a percentagem de obesos subiu para 17 por cento.
Elsie Taveras indicou que é possível que a explicação esteja no efeito que tem o sono ao nível hormonal.
Ver muita televisão aumenta o risco de obesidade porque reduz o tempo de exercícios e a consequente eliminação de calorias, além de que a televisão promove a alimentação a horas irregulares, assim como a ingestão de comida rápida, segundo os cientistas.
«A principal mensagem do estudo é que deve haver regularidade no sono das crianças. É muito importante estabelecer um horário», disse Michelle Cão, da Clínica para os Transtornos do Sono da Universidade de Stanford numa nota editorial do estudo.
Já Pat Prinz, cientista da Universidade de Washington, manifestou que as crianças devem passar mais tempo a correr e saltar, uma vez que quanto mais activos forem durante o dia melhor dormirão durante a noite.


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