Domingo, 24 Fevereiro 2008
Fonte:
http://www.correiodamanha.pt/pesquisa.asp?q=obesidade&procurar=Pesquisar&search=0&dia1=10&mes1=2&ano1=2008&dia2=25&mes2=2&ano2=2008&dia=1&mes=2&ano=2008
Neste ultimo século, com a globalização e os avanços ao nível da informática, a Medicina está a viver um período de mudanças radicais, os avanços tecnológicos são quase diários, novos materiais, medicamentos e exames proporcionam tratamentos cada vez mais eficientes e precisos, procura-se a cura ou prevenção de doenças consideradas, ate à pouco tempo, fatais.
Alguns estudos, estimam, que o conhecimento acumulado, no mundo, duplica a cada 2 anos, principalmente na área médica, isto é daqui a 2 anos há o dobro do que hoje se tem, e calcula-se que 10 anos, os conhecimentos disponíveis podem duplicar a cada 90 dias, o que nos trás alguns problemas tais como, será que podemos e devemos acompanhar essa evolução?
Este problema levanta-se principalmente em duas frentes, primeiro como é que é possível acompanhar este crescente avanço das tecnologias e da ciência, a segunda frente é a que tem levantado mais ondas e que se deve ao facto de muitas das novas técnicas e tecnologias são demasiado recentes e não estão devidamente testadas e regulamentadas, podendo ter consequências a longo prazo.
Hoje em dia surge uma nova realidade, a medicina alternativa que para alguns não passa senão de teorias inválidas aos olhos da ciência enquanto, que para outros funcionam como fuga às substâncias químicas (medicamentos) que nos receitam a toda a hora são exemplos desta medicina alternativa a acupunctura, a homeopatia, a osteopatia, quiroprática entre outras.
Algumas destas práticas funcionam com práticas que podem interrogar muitos, no entanto a sua procura é cada vez maior. Doenças como artrite reumatóide, asma etc., podem encontrar solução na medicina alternativa.
Também as doenças raras constituem um tema de relevante importância na sociedade actual, apesar de, como o nome indica, ocorrerem com pouca frequência na população em geral. São pois aquelas que afectam menos de uma em cada 2000 pessoas.
Devido à sua raridade, os pacientes da doença sofrem um processo difícil até ao reconhecimento e possível tratamento daquilo que os afecta, uma vez que a comunidade médica tem ainda um conhecimento relativamente reduzido face as estas doenças raras.
É pois preciso que se verifique uma sensibilização da população geral e da comunidade médica, no sentido de possibilitar uma melhor qualidade de vida àqueles que são afectados por essas doenças.
A grande maioria dos novos casos da doença surge em mulheres (mais susceptíveis ao HIV que os homens) que tenham praticado sexo desprotegido com um parceiro infectado.
Para testar essa possibilidade, os cientistas da University of Texas, EUA, utilizaram como modelo de estudo o ratinho.
Num grupo de cobaias, os cientistas aplicaram diariamente, ao longo de sete dias, a conjugação dos fármacos emtricitabina e tenofovir antes e depois da exposição vaginal ao HIV.
Para controlar os resultados, outro grupo foi exposto ao vírus mas sem se aplicar a toma dos medicamentos.
Entre o grupo dos ratinhos que não recebeu o tratamento, 90% foi infectado com o vírus da Sida. No outro grupo, que tinha recebido os anti-retrovirais, nenhum contraiu a doença.
Segundo o líder da investigação, Victor Garcia-Martinez, se o tratamento preventivo funcionar as perspectivas são muito positivas, em especial em áreas onde a incidência do vírus é alta, como acontece em África.
Fonte:
http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISDA56F374ITEMID4D8C05EA438B4438A1F5246D38A642C4PTBRIE.htm
Detalhamento das variações genéticas humanas e a possibilidade de ligar genes a doenças foram vencedores
Os grandes avanços conseguidos para aprofundar o conhecimento sobre a variação genética do homem foram escolhidos como o “acontecimento científico” de 2007 na opinião da revista Science. Em uma série especial sobre avanços da ciência, a publicação ressaltou o deslumbramento da comunidade científica com as variações do genoma humano.
A revista afirma que os estudos do genoma neste ano forneceram informações sobre várias doenças, incluindo a fibrilação arterial, o transtorno bipolar, os cancros de mama e colo-retal, os diabetes tipos 1 e 2, os problemas cardíacos, a hipertensão, a esclerose múltipla e a artrite reumatóide.
A partir da sequência do genoma humano, os cientistas começaram a fazer um acompanhamento de variações diminutas, chamadas polimorfismos do nucleotídeo único. Essas variações ou polimorfismos foram cruciais para comparar o DNA de milhares de indivíduos com ou sem doenças e determinar que variantes genéticas poderiam presumir o risco de uma patologia se manifestar.
A Science reforça que tais informações permitem que os pesquisadores determinem os genes relacionados a doenças, como os que são ligados ao diabete tipo 2, descobertos neste ano.
Segundo Robert Coontz, sub editor da Science e responsável pelo processo de selecção dos temas mais importantes do ano, a diferença do DNA de uma pessoa para outra ficou marcadamente estabelecida em 2007. “É um enorme salto conceitual, que afectará desde a maneira como os médicos tratam as doenças até a forma como nós mesmos nos vemos, e como protegemos nossa privacidade”, destacou.
Ao determinar a variação genética humana, os cientistas também descobriram que dentro das biliões de bases do DNA, muitas podem se perder, se misturar ou se replicar, alterando a estrutura genética em algumas gerações.
Em segundo lugar, a revista destaca o anúncio de que já existe uma tecnologia para reprogramar as células. Cientistas japoneses e americanos revelaram em Junho que tinham criado células-tronco totipotentes induzidas a partir de pele de rato. Eles afirmaram que essas células poderiam ser utilizadas para produzir qualquer tipo de células, inclusive óvulos e esperma, com o que demonstraram que têm as mesmas capacidades das células-tronco embrionárias, alvo de tanta polémica ética.
Três meses depois dessa divulgação, duas equipes de cientistas anunciaram que tinham criado o mesmo tipo de células a partir de células dérmicas humanas. “Esse estudo poderia alterar a ciência e a política na pesquisa das células-tronco”, afirma a publicação. Nos Estados Unidos, a pesquisa com células-tronco embrionárias se tornou um tema que divide liberais e conservadores.
O presidente George W. Bush é contra esse tipo de estudo por considerar que a pesquisa implica na destruição de embriões e, consequentemente, de seres humanos. Coontz acredita que as células reprogramáveis “poderiam abrir caminhos para a pesquisa biomédica, uma vez que os cientistas consigam superar alguns obstáculos”.
O sub editor da Science explica que essa descoberta era uma forte candidata a acontecimento científico do ano. “Mas nos decidimos pela variação genética humana, porque os estudos estão avançando muito rápido e radicalmente”, justificou.
A revista também mencionou como um dos grandes avanços científicas do ano a descoberta feita por astrónomos do Observatório Pierre Auger, na Argentina. Os pesquisadores descobriram que os raios cósmicos que cruzam a atmosfera parecem vir de áreas povoadas pelos chamados “núcleos galácticos activos”. Segundo os cientistas, esses raios cósmicos aumentam sua velocidade depois de passar pelos campos magnéticos que estão em volta dos buracos negros.